Historicamente , a diplomacia brasileira se especializou em ficar em cima do muro.
E parecia confortável – orgulhosa até – do seu papel coadjuvante na geopolítica mundial.
Parece, contudo, que o gigante acordou. Disposto a alcançar papéis mais destacados na cena mundial.
Vide o que ocorreu quando o presidente Lula fez a comparação – para alguns, inevitável; para outros, inconsequente – entre o que ocorre hoje em Gaza e o que aconteceu no século passado em Auschwitz.
O atual governo parece realmente disposto a tirar a diplomacia brasileira de cima do muro.
Fez isso ao alinhavar proposta de trégua entre Israel e Palestina junto a ONU. Seguiu atuando ao sentar com os principais personagens da guerra Rússia-Ucrania. E ainda ao negociar a retirada ágil de brasileiros da Palestina.
Qual o impacto que terá sobre os negócios?
O tempo mostrará em dados.
Mas embora estejamos tratando aqui sobre uma seara complexa e cheia de minúcias, a diplomacia não é tão bicho de sete cabeças para ignorar ou ser imune a sabedoria popular, que prega sem medo de errar:
Quem não fala não é ouvido.
Ou, ainda, aquela que diz que quem tem boca vai a Roma.
E a Washington. E a Pequim. E a Berlim…