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Há um bode na sala do “maior São João do mundo”

Um bode rei, ornamentado com os símbolos juninos, embalado pelo autêntico forró, degustando nossa melhor culinária, evocando – de verdade – nossas tradições culturais.
Foi esse cenário que encontrei em Cabaceiras. E me encantei.
É de fato um espetáculo a festa do Bode Rei – que bom exemplo ele nos dá em meio a evidente descaracterização da nossa celebração mais nordestina.
A onda de privatizações dos festejos juninos nos levou a arraiás estilizados, onde geralmente se toca de tudo – sertanejo, funk, pop – enquanto se restringe os espaços para o nosso forró.
Quem diria, quando tudo isso começou, que o poeta Flávio José teria um cronômetro acelerado para encerrar sua participação em um palco junino?
Ou que os icônicos Antônio Barros e Cecéu nem teriam espaço nessa festa?
São, sem dúvida, grandes eventos. Mas que poderiam ocorrer em qualquer canto, a qualquer tempo.
Cabaceiras, com seu Bode Rei, nos indica o caminho a seguir: e ele é de retorno às nossas origens, valorizando nossa cultura.